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Postado em 24 de Novembro de 2021 às 13h15

JBS investe US$ 100 mi para entrar no mercado de proteína cultivada

EXPOMEAT 2024 - V Feira Internacional da Indústria de Processamento de Proteína Animal e Vegetal A JBS firmou acordo para aquisição do controle da espanhola BioTech Foods, em operação que marca o ingresso da companhia...

A JBS firmou acordo para aquisição do controle da espanhola BioTech Foods, em operação que marca o ingresso da companhia no mercado de proteína cultivada (produção de alimentos a partir de células animais) e inclui o investimento na construção de uma fábrica na Espanha para dar escala à produção, disse a empresa em comunicado na noite de quarta-feira (17).

Com a aquisição, a JBS anunciou que vai construir também o que afirma ser o primeiro Centro de Pesquisa & Desenvolvimento em Proteína Cultivada do Brasil. No total, a JBS vai destinar US$ 100 milhões aos dois projetos.

Fundada em 2017, a BioTech Foods é uma das líderes no desenvolvimento de biotecnologia para a produção de proteína cultivada, contando com o apoio do governo espanhol e da União Europeia. A empresa opera uma planta piloto na cidade de San Sebastián e espera alcançar a produção comercial em meados de 2024, com a construção da nova unidade fabril. O investimento na nova instalação é estimado em US$ 41 milhões.

Pelos termos da transação, a JBS se torna a acionista majoritária da BioTech Foods. A operação possibilita que as duas empresas unam forças para acelerar o desenvolvimento do mercado de proteína cultivada. A companhia brasileira passa a ter acesso à tecnologia e à produção de proteínas da BioTech Foods, que, por sua vez, terá à disposição a capacidade de processamento industrial, a estrutura de marketing, know-how para o desenvolvimento de produtos e os canais de venda da JBS para colocar o novo produto no mercado.

Quando estiver em fase comercial, a proteína cultivada chegará inicialmente aos consumidores na forma de alimentos preparados, como hambúrgueres, embutidos, almôndegas, entre outros, com a mesma qualidade, segurança, sabor e textura provenientes da proteína tradicional. A tecnologia tem potencial não apenas para a produção de proteína bovina, mas também para a de frangos, suínos e pescado.

“Esta aquisição reforça nossa estratégia de inovação, desde como desenvolvemos novos produtos até como comercializamos, para atender à crescente demanda global por alimentos. Unindo o conhecimento tecnológico com nossa capacidade de produção, seremos capazes de acelerar o desenvolvimento do mercado de proteína cultivada”, disse o CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni, no comunicado.

A aquisição da BioTech Foods ainda está sujeita à confirmação da autoridade de investimento estrangeiro na Espanha, entre outras condições usuais a este tipo de operação.

Centro de Pesquisa no Brasil
O movimento na Europa é complementado pelo Centro de Pesquisa & Desenvolvimento em Biotecnologia de Alimentos e de Proteína Cultivada no Brasil – a JBS não especificou no comunicado o local exato onde o centro será construído. Previsto para ser inaugurado em 2022, o centro incluirá na segunda etapa uma planta que irá ocupar área de 10 mil m². A iniciativa contará com cerca de 25 pesquisadores e vai trabalhar no desenvolvimento de tecnologias de ponta para a indústria de alimentos.

Com o investimento no centro de P&D, a JBS pretende desenvolver novas técnicas que acelerem os ganhos de escala e reduzam os custos de produção da proteína cultivada, antecipando sua comercialização no mercado.

“Estamos ampliando nossa plataforma global para atender às novas tendências de consumo e ao crescimento da população global. A aquisição da BioTech Foods e o novo centro de pesquisa colocam a JBS numa posição única para avançar no setor de proteína cultivada”, disse Tomazoni.

Ao longo de 2021, a JBS já havia adquirido a holandesa Vivera, maior produtora de plant-based independente da Europa, e acaba de concluir a aquisição da Huon, segunda maior produtora de salmão da Austrália.

(Crédito da foto de abertura: Tanajura Filmes/Divulgação JBS)
Fonte: CarneTec

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